Sanuk, Sabai e Saduak. Este é o lema dos tailandeses. “Sê
feliz, fica tranquilo, contenta-te com aquilo que a vida te oferece”.
A primeira impressão que tive deste povo que nasceu às
margens do rio Mekong há mais de 10.000 anos, foi de que têm o sorriso grudado
do rosto. O que não significa que estão sempre alegres. Sorrir é também uma
máscara que usam quando estão tensos ou sem saber o que fazer, coisa que
acontece quase sempre quando estão diante de turistas como nós.
Em meu primeiro dia saí sozinha do hotel com a certeza de chegar até um dos milhares de mercados de seda (que em minha imaginação, estavam espalhados por toda a Tailândia). Pedi ao concierge do hotel que escrevesse em thai o nome do tal shopping. Depois de atravessar um exército de tailandeses sorridentes tentando me convencer de que hoje era feriado e as lojas estavam fechadas ou que eles poderiam me levar à única loja aberta da cidade, consegui finalmente entrar no táxi e entregar meu papel com as letrinhas desenhadas. Simpático, o motorista insistia em conversar na língua dele. Depois de tentar explicar que eu não falava thai, continuei a conversa em português. Logo, uma espécie de terapia multicultural tomou conta do ambiente colorido e cheio de penduricalhos. Tentei ler os nomes das ruas e me situar no mapa que ganhei da recepcionista. Impossível. Lá, pelo que imaginei ser o meio do caminho, o motorista fala a primeira palavra que aprendem. Shop. Eu, achando que havia chegado em meu destino, na tal feira imaginária, agradeci e paguei.
Em meu primeiro dia saí sozinha do hotel com a certeza de chegar até um dos milhares de mercados de seda (que em minha imaginação, estavam espalhados por toda a Tailândia). Pedi ao concierge do hotel que escrevesse em thai o nome do tal shopping. Depois de atravessar um exército de tailandeses sorridentes tentando me convencer de que hoje era feriado e as lojas estavam fechadas ou que eles poderiam me levar à única loja aberta da cidade, consegui finalmente entrar no táxi e entregar meu papel com as letrinhas desenhadas. Simpático, o motorista insistia em conversar na língua dele. Depois de tentar explicar que eu não falava thai, continuei a conversa em português. Logo, uma espécie de terapia multicultural tomou conta do ambiente colorido e cheio de penduricalhos. Tentei ler os nomes das ruas e me situar no mapa que ganhei da recepcionista. Impossível. Lá, pelo que imaginei ser o meio do caminho, o motorista fala a primeira palavra que aprendem. Shop. Eu, achando que havia chegado em meu destino, na tal feira imaginária, agradeci e paguei.
Fui deixada e escoltada até uma loja cheia de ternos e
vestidos de noiva. Tentei entender onde estava. Nada. Chamei a dona da loja,
que andava atrás de mim como uma sombra e perguntei sobre o tal ponto desenhado
no mapa. O local onde eu deveria estar. Blada laksdh thdfsds. Ela despejou
outro banho de tailandês sobre mim enquanto abanava as mãos fazendo sinais que
me deram a impressão de significar longe, muito longe.
Saí andando sem rumo, esperando dar de cara com um tal
mercado, afinal eu estava na Tailândia, tinha que ter um lugar cheio de panos
pendurados. Na pior das hipóteses, pensei, vou chegar às margens do rio e de
lá, pego algum barco para o hotel. Nada!
Já passava das duas da tarde. Quase três horas andando sem
rumo. A barriga roncando. O telefone sem internet, o que fazia com que meus
planos de usar o GPS ficassem no mesmo lugar que o tal mercado. O calor, junto
com a poluição e as buzinas me levavam rapidamente ao estado de desespero e
fome típico de uma criança que não tem a menor de ideia do que a espera.
Foi neste momento que avistei uma barraquinha com vários
cocos, exatamente como os nossos. A sede e o calor estavam prestes a deixar meu
corpo. Paguei o vendedor, que despejou todo o líquido num copo gelado e me
entregou. A Bahia tomou conta do meu corpo e mergulhei com tudo. Faltava menos
de dois dedos de água de coco quando voltei ao normal e me dei conta do que
acontecia.
O coco, embora parecesse de fato com um coco, não era como o
nosso. A água era horrível e o sabor tomou conta de todo o meu corpo até chegar
no estômago vazio e pegar impulso para o grand finale. Por sorte, o jato não
pegou nos pés do vendedor que, claro, não entendeu nada e ficou me olhando,
pela primeira vez sem rir.
Mais algumas horas e muitos táxis errados e finalmente
cheguei nocauteada
ao hotel, de onde eu nunca deveria ter saído, pelo menos,
não sem antes aprender a me comportar neste país.
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