segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ano do Dragão

Kung hei fat choi
Feliz ano novo chinês com Dragon Fruit.
Dragon Fruit, a minha preferida.

One Magic Night in Bangkok


Bedsupperclub
Para uma noite em Bangkok, você pode seguir os guias e conhecer o elegante Bed Supperclub, hi-tech restaurante com toque de balada e discoteca acoplada. Eu, assim como a maioria dos turistas fui parar lá e honestamente, diferente dos amigos que estavam comigo, não achei muito interessante. Me pareceu uma cópia do Supperclub. Como eu já estive nos supperclubs de Amsterdã, Roma e Londres, esta "nova versão"me lembrou as cópias de bolsas das feiras daqui. Mas isso não quer dizer que você não vá gostar. A comida é boa, o custo benefício ainda melhor.


Iron Fairies
O que me fez sentir num mundo distante do normal foi a dica do Raphael, o Iron Fairies. Pode ser que o fato de tudo ter começado com livros tenha me conquistado antes mesmo de chegar e me deparar com uma escada a caminho de lugar nenhum, fadinhas de ferro por toda parte e uma decoração surreal, com toda a força desta palavra.
O proprietário, Ashley Sutton, é um australiano de 37 anos que usou as fadas como inspiração para os dias em que passava no subsolo da terra. Ele trabalhava como mineiro e foi de tanto ficar sozinho no escuro que veio a inspiração das fadas. Com elas criou três livros infantis e teve mais de 200.000 cópias vendidas em quatro línguas.
Fadas à tiracolo, pousou em Bangkok, onde além do original restaurante Iron Fairies, é também proprietário dos Fat Gutz e Clouds, ambos também em Thonglor. Se você procura pessoas interessantes, antenadas e um lugar mágico, este é o seu lugar.


Iron Fairies
Mas preste atenção, os motoristas de taxi dificilmente acertam e costumam te deixar em outro lugar, por isso, vá com o endereço anotado e aproveite.


The Iron Fairies
Antique Factory, Wine Bar & Restaurant
395 Soi Thonglor, Sukhumvit Rd.
(Opposite of Thon Kleung Restaurant and Home Place building)







domingo, 22 de janeiro de 2012

Flor de Lotus


Flores de lótus fechadas

Sempre fui apaixonada por orquídeas, e aqui, na Ásia, elas parecem conter todas as cores e formas. Estão por toda parte, enfeitando e colorindo este continente. Mas foi outra flor, a flor de lótus, que ganhou minha admiração. Talvez por eu ser fascinada por mitologia, história e significados ancestrais.

Fechada, é tão perfeita e resistente que parece ser feita de tecido. Não resisti à sua beleza e parava para admirá-la sempre que a via em meu caminho.

O lótus é considerado sagrado na Ásia por prestar honras ao sol, se voltando para o leste ao nascer. No Antigo Egito, tinha significado de “renascimento” por ser símbolo da morte e ressurreição de Osíris. Uma citação que diz “Transforma a ti mesmo num lótus e terás a promessa de ressurreição” está no Livro dos Mortos.

Oferendas aos deuses
O significado de “criação e sol” se deve ao fato da flor submergir no rio durante a noite e emergir e florescer novamente durante o dia. A Flor de Lótus é uma importante figura no Hinduísmo e no Budismo.

No hinduísmo, está relacionada à criação do universo devido ao fato de Brahma, criador do mundo, ter nascido de uma lótus.

No budismo, representa um dos oito símbolos auspiciosos do ensino budista. Vários budistas e monges, na meditação, imaginam flores de lótus surgindo embaixo dos seus pés enquanto andam de forma a espalhar a compaixão e o amor de Buda por onde passam.

Buda normalmente está sentado sobre uma flor durante sua floração ou está com ela nas mãos. Um famoso mantra budista (“Om mani podme hum”), significa “Brilhante a jóia no lótus”, representa a flor que se destaca formosa e bonita em um ambiente pouco propício. Em ambas as religiões, a Flor de Lótus representa o despertar espiritual da vida e da iluminação.

Purificação com a flor nos templos
As raízes do lótus estão na lama, o caule cresce através da água, e essa metafora fortalece a flor perfumada  que desabroxa sua beleza acima da água a cada raio de sol. Este padrão de crescimento significa o progresso da alma que mesmo adversa vindo da lama materializa-se na primavera e sobrepõe-se a todas as adversidades.

Embora haja outras plantas que nasçam acima da água, apenas o lótus, devido à força do seu caule, sobe de oito a doze centímetros acima da superfície demonstrando a sua grandesa e exuberância.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Soi Rambuttri


Você não vai encontrar esta rua nos guias de viagem. Talvez por isso ela tenha um charme especial. Vizinha da famosa Khao San Road, é mais acolhedora e colorida. Menos iluminada e sem tantos adolescentes bebendo em baldinhos, é o lugar ideal para uma noite agradável com típica comida tailandesa. Vários restaurantes ficam com as portas abertas e as mesinhas nas ruas. Casas de massagem e manicures também ficam abrem até depois da meia noite. Bangkok é definitivamente um lugar para boêmios bons de papo. Aqui senti ainda mais saudades dos meus companheiros de literatura, o Grupo B_eco. Com eles por perto, atravessaríamos a noite num papo regado a cerveja Singha e risadas. Amanheceríamos num barquinho cruzando o rio Chao Phraya enquanto o sol, tímido, sairia para ouvir nossa conversa. Bangkok has us, responderíamos ao atender o telefonema do pessoal lá de casa perguntando sobre o nosso paradeiro.
Encontraríamos outros como nós, vindos de muitas partes do mundo e somaríamos risadas às nossas histórias.


A Rua Soi Rambuttri e seus bares aconchegantes

Massagens nos pés e ombros, custam pouco e valem muito



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mercado Chatuchak

Vestidos bordados
Assim como todas as grandes cidades, Bangkok tem grande variedade de lojas. Sempre que viajo, procuro fugir do que tenho em casa, então o que mais me chamou atenção foram as lojas típicas e os mercados onde se vende absolutamente tudo.




Lindas lojas de decoração

Mercado Chatuchak - Lembre-se de marcar sua viagem para Bangkok ficando pelo menor um dia durante o final de semana. Tanto este quanto o mercado flutuante (nos arredores da cidade) só abrem aos finais de semana. A melhor forma de chegar ao Chatuchak é de Skytrain, pode acreditar, você consegue. Leve dinheiro e vá preparado para barganhar. Encontrei pias pintadas à mão, louças, roupas, sapatos, bolsas e comidas deliciosas. Confesso que deu vontade de comprar muita coisa, mas o fato de estar viajando e não poder carregar malas grandes me impediu. Se você pretende fazer muitas compras, vale a pena deixar uma mala no Hotel enquanto viaja para outras cidades. As companhias que fazem voos internos têm um limite de 20Kg por mala. Outra opção é mandar uma caixa pelo correio, se não for pesada. O preço vale a compra.

Cubas pintadas à mão
Este é um dos  maiores mercados do mundo. São 1,13 Km2 de lojas, divididas em 27 seções, o que não ajuda tanto, pois há tanta variedade que fica difícil encontrar o que queremos. Meu conselho: Compre um mapa na Nancy Chandler e tente se perder um pouco menos.

Bangkok e seus Templos


Quase todos já haviam chegado. Éramos onze a caminho dos templos do Golden Budha (Wat Traimit) e do Emerald Budha (Wat Phra Kaew). Como estávamos hospedados no Lebua, o Hotel em que foram filmadas cenas do filme Hangover II, estávamos bastante próximos ao rio Chao Phraya.

Alugamos um speed boat por $900 THB ( preço alcançado depois de muita barganha, como deve ser por aqui) que nos levou até Wat Arun no caminho, antes de nos deixar no Palácio Real, casa do Emerald Budha.

Wat Arun
Wat Arun é coberto por mosaico feito de pedaços de porcelana chinesa. Para chegar ao topo, 85 m de altura, é preciso disposição, já que os degraus são bastante íngremes. Esta é uma característica comum nos templos por aqui. O intuito é que quem quer que esteja subindo, seja obrigado a se curvar e olhar para baixo, em respeito aos deuses. Os 30 minutos acordados com a nossa marinheira foi suficiente para subir até o topo, tirar lindas fotos e ainda comer algumas frutas no parque ao redor do Wat.

De volta ao barco, observar o trânsito e as leis, indecifráveis para nós já é uma emoção. Incontáveis tuk tuks marítimos com motores improvisados chegam a dar a impressão de que podem sair voando a qualquer momento e tornam o passeio ainda mais idílico. O rio é a melhor forma de se chegar aos templos, caso seu hotel não seja próximo, vale pegar o trem, fácil e sem trânsito.

Palácio Real
Prepare seu maxilar, pois sua boca vai ficar aberta por um bom tempo. O Palácio Real é absolutamente inacreditável. O Emerald Budha, embora pequeno, fica no alto e talvez por ser todo esculpido numa só pedra de jade, tem uma força visual inacreditável. A única pessoa autorizada a toca-lo é o rei, que troca suas roupas três vezes por ano. Lembre-se de nunca apontar os dedos dos pés para ele. Para se sentar é preciso ficar com os pés para trás e sempre descalço. Vale lembrar que para entrar nos templos, homens devem usar calças e mulheres precisam estar com ombros e pernas cobertas. Por este motivo, uma feirinha funciona em frente à porta principal, pronta para vender ou alugar trajes adequados aos desinformados.

Detalhe do Palácio Real.
Se você ainda tiver fôlego, aproveite e vá ao Wat Traimit, bem pertinho do Palácio Real, o templo onde um Buda dourado, mais ou menos do tamanho do nosso corcovado, descansa deitado enquanto milhares de pessoas descalças, inclusive eu, fazem suas oferendas.

Eu fui aos templos, o que demorou a manhã toda e parte da tarde. Saímos do hotel às 9:00h da manhã e acabamos o passeio às 14:00h. A esta altura, parte da turma foi para hotel tomar um banho e descansar, outra parte, eu Liz, Luiz, Dani e Rubens, fomos para Khao San Road. Famosa rua dos mochileiros e um dos meus lugares favoritos da cidade. Esta é um capítulo à parte, mas seja você o estilo que for, vale conhecer estes dois quarteirões onde o mundo se encontra. Pessoas de toda parte passam por aqui e como é de se esperar, deixam sempre um pouco para quem vem depois se encantar.

Dicas sobre a Tailândia

Mesmo depois de ler inúmeros guias sobre a Tailândia e passar dias pesquisando o que e como aproveitar esta cidade, ainda sim cometi aquelas besteiras em que nos fazem acreditar que somos totalmente lunáticos.

A primeira lição que deixo à vocês é: Estude tudo. Informe-se o máximo possível e saiba que mesmo assim, você não vai saber tudo e seus tropeços servirão de alerta aos próximos. Conforme-se com o que a vida lhe dá. Afinal você está em território budista.

Mas vale lembrar algumas coisas:

1 - Escolha a melhor rota para chegar, ou você vai perder um dia descansando ao invés de aproveitar a cidade. Fui de Emirates e achei as conexões muito demoradas. Voltei de Qatar, bem melhor e se você olhar no mapa, o caminho é mais curto. Tem também a opção da Turkish ( tem Star Aliance ), passando por Istambul. Acho que pela Europa, esta é a única que vale a pena, pois a Air France tem aviões velhos e os horários não são convidativos. Uma boa dica para quem não tem cartões especiais de salas vip é checar a disponibilidade de pagar US$50,00 para usar a sala VIP. 

2 - Troque dinheiro no aeroporto. Não aceite preço fechado do táxi, eles costumam cobrar 700 B por uma corrida que, pelo velocímetro, sairia no máximo por 200 B. Coloque isso em prática já no aeroporto. Um táxi até a cidade deve custar até 300 B, mais o pedágio, eles pedem pelo menos o dobro. Não aceite.

3 - Compras: Antes de se perder em lojas pela cidade, vá ao maior mercado da região, o Chatuchak, que funciona apenas durante os finais de semana e tem absolutamente tudo (de roupas a animais) com preços inacreditáveis. A melhor e mais rápida forma de chegar lá é com Skytrain.

4 - Comida: Se você não gosta de pimenta, é bom se preparar para aprender a gostar. A gastronomia asiática é maravilhosa e não existe se não for spicy. Prepare-se para comer na rua e se surpreender, mas não custa levar um kit primeiros socorros, afinal nosso corpo ainda não está acostumado a tanto tempero. Nem pense em sair da Tailândia sem provar a sopa Tom Yam, uma das delícias desta terra.

5 - Mala: Esqueça sua mala ou leve apenas o estritamente necessário. Você vai comprar camisetas, shorts e sandálias por muito menos que o excesso de peso que vai pagar caso insista em trazer muita coisa. As camisetas são de ótimos tecidos e, mesmo eu, que não sou apaixonada pelo estilo super colorido, encontrei roupas básicas e apropriadas para o clima e a poluição de Bangkok, capaz de anular seus planos de usar mais de uma vez a mesma roupa. 

5 - Passeios: Não acredite no que os motoristas de taxi e tuk tuk lhe dizem e principalmente, não caia no conto do shopping, eles sempre tentam levar os turistas à lojas onde ganham comissão. Para que isso dê certo, dizem que é feriado religioso ou qualquer outro motivo para que você não vá onde planejou e siga até a tal loja.

6 - Muay Thai: Não deixe de ir a uma luta. A atmosfera e principalmente a loucura das apostas é surpreendente, assim como os golpes certeiros vindos de homens quase sempre franzinos. Diferente das lutas de vale tudo e boxe, o muay Thai carrega séculos de história e tradição. A dança em homenagem aos deuses apresentada por cada lutador é outro atrativo. O Muay Thai é um dos segredos do exército tailandês. Com mais de 300.000 militares, pode-se dizer que as forças armadas da Tailândia são uma pequena potência. Altamente treinados, todos os seus integrantes são exímios no combate corpo-a-corpo e algumas forças militares de outros países, chegam mesmo a enviar soldados para beneficiarem do treino exigente tailandês. 


7 - Lembre-se de verificar o clima não apenas no país, mas nos lugares onde você vai. A melhor época para ir à Tailândia é na seca, de outubro a março. O mesmo não acontece em Samui, uma das ilhas onde fomos. Lá, a estação das chuvas é agora. A época certa é julho. Portando, se você for à Tailândia na época da seca, vá à Krabi e Phi Phi, do outro lado, mais bonito e com sol.


8 - Se você, como eu, adora fotos e pretende fazer um álbum da sua viagem, lembre-se. Arrume a data e hora. Normalmente as cameras vêm com a data da home e outra data para colocar quando estamos viajando. Faça isso, não apenas na sua, mas nas câmeras dos seus amigos que viajarem junto, ou na hora de pegar as fotos, será praticamente impossível organizar tudo.


9 - Golden Tip: Esta é para você economizar e não tomar um susto ao ver a conta do seu telefone na volta. Confira se o seu aparelho é desbloqueado antes de viajar. Logo que chegar à Tailândia, compre um sim card por US$10,00 e internet ilimitada. Se você não fizer isso, corre o risco de entrar na lista dos que receberam uma conta mais cara que a viagem ao voltar. Mesmo que você não use o telefone, o serviço de wi-fi continua ativo e você paga. Mais de duas pessoas receberam contas indecentes ao voltar. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Siem Reap - Histórias do Camboja

Depois de viajar por boa parte da Tailândia, foi no Camboja que meu coração mandou parar.

Nosso Hotel
A cidade de Siem Riep pode ser descrita de tantas maneiras quanto a variedade de seus visitantes. Mas os visitantes, embora vindos de muitas partes do mundo, têm todos uma mesma característica. Buscam algum sentido. Seja um sentido para seu futuro, para o passado ou para o que estão vivendo agora. As pessoas que caminham pelas simpáticas ruas do centro me parecem estar cheias de histórias para contar. Sentada na porta do meu delicioso hotel, testemunhei cenas que, para quem escreve, são presentes. Em frente ao meu hotel fica um restaurante, mais tarde descobri que é um bar gay, o que pouco importa nesta parte do mundo onde territórios não são demarcações, são pontos de encontro.

Um alemão sentado sozinho escrevia por horas num caderninho de couro. A capa era velha e algumas folhas se soltavam de dentro. Parava apenas para dar um gole no vinho australiano que já estava quase no fim.

Na mesa à sua frente, duas mulheres francesas bebiam e davam gargalhadas. Uma delas desapareceu, deve ter ido ao banheiro, pensei. E foi aí que o alemão levantou-se, pegou seu caderninho, sua garrafa de vinho e, como se fossem velhos amigos, sentou e começou a conversar. Tudo com a naturalidade de quem tem muito a dizer e aprecia ouvir. Durante a próxima hora, fiquei lá, do outro lado da rua, do outro lado da história, observando e tentando entender o que eles conversavam.

Quando a segunda garrafa já estava no fim, eu, acostumada ao único motivo que faria um homem se levantar e sentar na mesa de uma mulher, já esperava o momento em que os dois sairiam juntos.

A amiga voltou, abraçou a que estava sentada, foi apresentada para o novo amigo e logo me dei conta de que eram namoradas. O papo continuou e notei que falavam das experiências da viagem. Deram dicas sobre lugares que haviam passado, pessoas que conheceram.

Fui jantar e quando voltei eles não estavam.
Minha rua. Foto tirada da mesinha em que eu ficava
Sentindo por não ter acompanhado o final da história, pedi uma margarita e fiquei imaginando o que teria acontecido. Logo minha amiga Lizandra chegou e ao tentar tirar uma foto, o moço do caderninho apareceu e se ofereceu para tirar a foto de nós duas. Aceitamos. Ele pegou a câmera, disse alguma coisa em alemão que não pude entender e voltou para sua mesa, do outro lado da rua, acompanhado do seu caderninho.

Agora escrevia enquanto olhava para onde estávamos. Levantamos as taças e fizemos menção de um brinde. Foi quando entendi que nas ruas de Siem Reap, somos autores e também personagens de uma história que nunca terá fim e por isso será sempre mágica.

Serviço: O Hotel em que fiquei, o Be Angkor é um hotel boutique com apenas 3 quartos. Como estávamos em 6, ficamos com todo o hotel. Além do restaurante ser maravilhoso, o Sat, responsável pela recepção e por tudo o que precisávamos, é uma das pessoas mais simpáticas que já conheci.

Khao San Road - Bangkok



Em nossa última noite em Bangkok, fomos à Khao San Road. Para quem não conhece, aí vai um pouco do que acontece por lá.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Khao San Rd - Bangkok


Escorpião, formiga, larvas e outros bichos estranhos


Liz e eu

Show de uma loirinha animadíssima

Frutas deliciosas
De volta a Bangkok, depois de passar por Camboja e Vietnã, esta cidade parece feita de paz. Nada de buzinas, milhões de bicicletas e motos com mais de cinco pessoas ou gente gritando em línguas estranhas. Aliás, até a língua deste povo já está mais minha. O sawadee (olá) e o kop kun kha (obrigada) é tão natural quanto os rolinhos primavera no café da manhã acompanhados por uma Singha sempre menos gelada do que deveria. O caos que encontrei há mais de vinte dias continua por aqui, mas de alguma forma, meus parâmetros mudaram por dentro e acabaram transformando o que vejo fora.
Minha fiel companheira de viagem, Liza tornou-se especialista em negociações e não me deixa comprar mais nada por mais de 30% do lance inicial.

Os drinks aqui não brincam em serviço
Acabamos de chegar na rua mais conhecida e divertida da cidade, Khao San Rd, onde mochileiros vindos de todos os cantos do mundo bebem, fazem compras e se alimentam de insetos, milho, frutas e várias outras especiarias conhecidas ou não. Poucos minutos neste lugar já é suficiente para fazer acreditar que você certamente é bem mais comportado do que acredita. Ah os parâmetros, sempre eles. Aqui, Mick Jagger é capaz de brincar de ser chamado de café com leite e ficar parado num canto assistindo, exatamente como nós.

Em menos de duas horas, eu e a Liz vimos show de hip hop com acrobacias no meio da rua. Observamos uma sueca de aproximadamente vinte anos virar um baldinho de vodka enquanto dançava em cima da mesa de um bar na calçada (nesta rua ninguém usa copo, o bacana é beber num baldinho cheio de canudos, coisa que não vou poder contar como é, pois tive medo de provar e acabar afogada). Também apreciamos (só com os olhos) a vasta variedade de insetos fritos. Ganhamos flores. Tentamos convencer vendedores de que não precisávamos de cuecas. Comemos manga, milho e pipoca. E claro, pagamos menos de R$ 2,00 no táxi e ainda demos uma volta pela cidade de tuk tuk.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Impressões sobre a Tailândia

Eu em Khao San Road
Paciência. Isso é o que você deve trazer para a Tailândia se quiser aproveitar tudo o que esta terra maravilhosa tem. Roupas, comida, tudo é possível comprar por um quinto do preço do resto do mundo, mas a paciência é obrigatória e não se adquire assim tão fácil.

Os tailandeses, conhecidos por sua alegria, me surpreenderam. Parecem ter uma felicidade falsificada, como as bolsas que vendem em barraquinhas espalhadas pelo caos de suas ruas. São pessoas humildes e simpáticas, mas alguma coisa ainda não decifrada por completo, me causa desconfiança.

"Não confie em ninguém na porta do hotel". Esta é a ordem comum em todas as cidades onde chegamos. Se pedimos um táxi para o sul, o motorista invariavelmente vai tentar te convencer a ir para o norte e provavelmente te deixará perdido em alguma loja de bugigangas onde ele ganha comissão.

Por trás de sorrisos, há sempre um mar turquesa claro, mas de intenções no mínimo estranhas.

Embora meu plano fosse conhecer várias cidades, achei prudente ficar mais tempo em menos lugares, por isso Bangkok e Samui foram sendo desvendados aos poucos, o que me levou a emoções e experiências que sei, vou levar comigo para sempre.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Miguel de Servantes

"Andar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados".
Miguel de Cervantes